Dra. Bárbara Athayde

Especialista em Autismo Infantil

Sobre mim

Sou médica (CRM DF 27239), com mais de 10 anos de experiência clínica, e toda a minha jornada profissional é norteada pela busca constante por conhecimento, sem deixar de oferecer um olhar humanizado, com cuidado e acolhimento para meus pacientes. Formei-me em 2012 pela Faculdade de Medicina Souza Marques e, logo em seguida, fiz pós-graduação em Psiquiatria pela PUC-RJ. Durante esse período, comecei a questionar a prática da medicina exclusivamente focada em sintomas, o uso excessivo de remédios controlados e o impacto de seus efeitos colaterais na vida das pessoas. Assim, comecei a me interessar pela visão integrativa do cuidado e fiz pós-graduação em Fisiologia Humana Avançada e Medicina de Família e Comunidade, além de cursos de ortomolecular e suplementação vitamínica.

Mãe atípica

Em 2020, nasceu meu primeiro filho, Gabriel, e já nos primeiros anos começamos a notar atrasos no desenvolvimento e dificuldade em interagir com as crianças da creche. Quando veio o diagnóstico de autismo foi um choque e, a única certeza que eu tinha, era que não aceitaria que ele, aos dois anos e meio, começasse a fazer uso de remédios controlados sem antes explorar todas as opções terapêuticas que tivessem alguma evidência científica. Assim, passei a estudar dia e noite sobre autismo, suas bases fisiopatológicas, suplementos que poderiam ajudar e terapias auxiliares, como neuromodulação e fotobiomodulação transcraniana. À medida que ele foi apresentando resultados expressivos, outras mães começaram a me perguntar o que estávamos usando e a pedir para atender os seus filhos. Assim, comecei a atender crianças com transtorno do espectro autista, os pacientes foram me indicando e logo esse público se tornou o principal do meu consultório. Recentemente, iniciei a pós-graduação em Transtorno do Espectro Autista pelo CBI of Miami, para me aprofundar ainda mais nesse universo, que faz parte da minha vida pessoal e profissional.

Como mãe atípica, conheço na pele a angústia dos pais e a complexidade desse transtorno, que se apresenta de forma única em cada indivíduo. Hoje, no meu consultório, atendo tanto crianças quanto adultos, com uma abordagem que integra a medicina tradicional e terapias complementares. Meu foco é oferecer um tratamento personalizado e humanizado, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos meus pacientes, independente do seu grau de suporte. Estou aqui para ajudar você e sua família a encontrarem as melhores opções de cuidado e tratamento. Vamos caminhar juntos?

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Ebook A Jornada de Leo

O livro conta a história de Leo, uma criança autista de baixo suporte, na sua jornada de adaptação e inclusão escolar, explicando sobre sobrecarga sensorial, isolamento social e estereotipias de maneira simples para que pais, alunos e professores das crianças típicas consigam compreender melhor o comportamento das crianças que estão dentro do espectro.

Será que meu filho é autista?

Se você está se perguntando se seu filho pode estar no espectro autista, alguns sinais podem te ajudar a identificar o autismo nos primeiros anos de vida. Entre os mais comuns estão:

  • Dificuldades na comunicação, tanto verbal quanto não verbal
  • Pouco ou nenhum contato visual
  • Falta de interesse em brincar com outras crianças
  • Comportamentos repetitivos, como balançar as mãos ou alinhar objetos de forma obsessiva

Além destes, crianças no espectro podem apresentar hipersensibilidade a sons, luzes e texturas. O diagnóstico precoce é essencial para iniciar intervenções adequadas e promover um desenvolvimento mais saudável. Se você percebe alguns desses sinais, vale a pena buscar uma avaliação especializada para esclarecer as dúvidas.

 

Abordagem terapêutica

No tratamento integrativo que oferecemos, acreditamos que cada criança é única, e nossa abordagem é construída em torno de três pilares principais, sem depender exclusivamente de medicamentos controlados.

Detoxificação

O corpo de muitas crianças no espectro autista pode estar sobrecarregado por toxinas ambientais e alimentares. Ao promovermos um processo de detoxificação, visamos eliminar essas substâncias, ajudando a aliviar sintomas comportamentais e físicos.

Suplementação

Deficiências nutricionais, especialmente de vitaminas e minerais essenciais, são comuns em crianças autistas. A suplementação adequada, baseada em exames e análises personalizadas, pode trazer melhorias significativas na função cognitiva e no comportamento.

Neuromodulação

Técnicas como estimulação magnética transcraniana, biofeedback e estimulação craniana por corrente contínua são não invasivas e têm mostrado benefícios na regulação da atividade cerebral, melhorando funções cognitivas e sociais. Pesquisas mostram que a neuromodulação pode ser uma ferramenta importante na melhora de habilidades de comunicação e socialização em crianças autistas. Essa abordagem é baseada em evidências científicas que reforçam o potencial de terapias que vão além dos medicamentos tradicionais, oferecendo uma visão mais completa e personalizada do tratamento.

FAQ

O quanto antes! O diagnóstico precoce é crucial, pois permite iniciar intervenções que podem melhorar significativamente o desenvolvimento da criança. Intervenções precoces, como terapia comportamental e ocupacional, têm maior impacto quando iniciadas logo nos primeiros anos de vida, durante o período de maior plasticidade cerebral.

Não, o tratamento do autismo não é necessariamente medicamentoso. Nossa abordagem inclui intervenções integrativas, como detoxificação, suplementação e neuromodulação. Esses tratamentos podem complementar ou, em alguns casos, substituir o uso de medicamentos controlados, dependendo das necessidades específicas da criança.

Uma alimentação adequada pode desempenhar um papel importante no tratamento do autismo. Crianças autistas podem ter sensibilidades alimentares ou deficiências nutricionais que afetam seu comportamento e desenvolvimento cognitivo. Dietas livres de glúten e caseína, por exemplo, têm mostrado benefícios em alguns casos. Além disso, a suplementação de nutrientes essenciais pode contribuir para uma melhora geral.

Sim, técnicas de neuromodulação, como a estimulação magnética transcraniana (TMS) e a estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS), têm mostrado benefícios em melhorar a socialização, a comunicação e o comportamento de crianças autistas. Pesquisas indicam que essas intervenções podem ser uma ferramenta promissora, especialmente quando combinadas com outras abordagens terapêuticas.

O diagnóstico do autismo é essencialmente clínico e envolve a avaliação de um médico especialista, que utiliza critérios estabelecidos, como os do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Ele observa o desenvolvimento da criança, focando em dificuldades na comunicação social, comportamentos repetitivos e padrões restritos de interesse. Além disso, são utilizados questionários e escalas de avaliação comportamental, como a M-CHAT (Modified Checklist for Autism in Toddlers) para crianças pequenas e a ADI-R (Entrevista Diagnóstica para o Autismo – Revisada), aplicados por profissionais capacitados. Embora não haja exames laboratoriais específicos para diagnosticar o autismo, exames como testes genéticos e de metabolismo podem ser feitos para descartar outras condições.

Se você suspeita que seu filho possa estar no espectro autista, o primeiro passo é procurar um pediatra, preferencialmente um que tenha experiência com desenvolvimento infantil. Esse profissional fará a triagem inicial e, caso identifique sinais de autismo, pode encaminhar a criança para especialistas como um neuropediatra, psiquiatra infantil ou um psicólogo especializado em neurodesenvolvimento. Além disso, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais podem fazer parte da equipe multidisciplinar envolvida no diagnóstico e tratamento.

O diagnóstico diferencial do autismo é essencial para descartar outras condições que podem apresentar sintomas comportamentais e cognitivos semelhantes. Abaixo estão algumas das principais condições que podem ser confundidas com o autismo:

• Encefalite: É uma inflamação no cérebro que pode ser causada por infecções virais ou doenças autoimunes. Crianças com encefalite podem apresentar regressão cognitiva e comportamental, acompanhada de sintomas como febre, convulsões e alterações neurológicas agudas. Testes de imagem, como ressonância magnética, e análise do líquido cefalorraquidiano são necessários para confirmar o diagnóstico.

• Doença de Lyme: Essa infecção bacteriana, causada pela Borrelia burgdorferi e transmitida por carrapatos, pode afetar o sistema nervoso, levando a problemas de cognição, irritabilidade e fadiga, que podem ser confundidos com transtornos do espectro autista. O diagnóstico é feito por meio de testes sorológicos específicos para a bactéria.

• PANDAS (Transtorno Neuropsiquiátrico Autoimune Pediátrico Associado ao Streptococcus): O PANDAS é desencadeado por infecções estreptocócicas que causam uma resposta autoimune, afetando o cérebro. Sintomas como transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), tiques motores e mudanças bruscas de comportamento podem se assemelhar a alguns sintomas do autismo. O diagnóstico envolve a detecção de infecções recentes por estreptococos e exclusão de outras condições neurológicas.

• Intoxicação por glifosato: O glifosato, um herbicida amplamente utilizado, tem sido associado a alterações neurológicas e comportamentais. Exposição crônica pode levar a sintomas como dificuldades de atenção, hiperatividade, problemas de memória e alterações no humor, que podem ser confundidos com sintomas de autismo. Exames toxicológicos e uma análise ambiental podem ajudar a identificar a exposição. • Síndrome de Rett: Uma doença genética rara que afeta principalmente meninas e que pode ser confundida com o autismo nos primeiros anos de vida. As crianças inicialmente se desenvolvem normalmente, mas, após o primeiro ano, apresentam perda progressiva de habilidades motoras e de fala, comportamentos repetitivos e problemas respiratórios. Testes genéticos podem confirmar a presença de mutações no gene MECP2, característico dessa síndrome. • Transtornos metabólicos: Doenças como fenilcetonúria (PKU) ou deficiências mitocondriais podem levar a problemas de desenvolvimento cognitivo e comportamental. Essas condições são geralmente detectadas por exames de triagem neonatal, mas deficiências metabólicas menos conhecidas podem ser investigadas por meio de exames específicos de sangue e urina. Essas condições devem ser consideradas por profissionais de saúde ao avaliar uma criança com suspeita de autismo, uma vez que cada uma tem tratamentos específicos que podem melhorar significativamente a qualidade de vida da criança se identificadas e tratadas precocemente.

Referências bibliográficas

Sinais do autismo em crianças:
• Lord, C., Elsabbagh, M., Baird, G., & Veenstra-Vanderweele, J. (2018). Autism spectrum disorder. The Lancet, 392(10146), 508-520. Um estudo abrangente sobre os sinais precoces do autismo, com foco em questões de comunicação, socialização e comportamentos repetitivos, além de destacar a importância do diagnóstico precoce.
• Zwaigenbaum, L., et al. (2015). Early identification of autism spectrum disorder: recommendations for practice and research. Pediatrics, 136(Supplement 1), S10-S40. Este estudo oferece uma revisão detalhada sobre os primeiros sinais de autismo em crianças, reforçando a importância do diagnóstico precoce.

Detoxificação:
• Rossignol, D. A., & Frye, R. E. (2012). A review of treatments for autism spectrum disorder. Frontiers in Pediatrics, 1, 2. Um estudo sobre os potenciais benefícios de intervenções detoxificantes no tratamento do autismo, discutindo o papel de toxinas ambientais no comportamento de crianças no espectro.

Suplementação:
• Adams, J. B., et al. (2011). Nutritional and metabolic status of children with autism vs. neurotypical children, and the association with autism severity. Nutrition & Metabolism, 8(1), 34. Este artigo revisa a relevância de deficiências nutricionais em crianças autistas e como a suplementação adequada pode beneficiar o desenvolvimento cognitivo e comportamental.

Neuromodulação:
• Chung, S. W., Hoy, K. E., & Fitzgerald, P. B. (2015). Theta-burst stimulation: a new form of TMS treatment for depression and cognitive deficits. Neuropsychology Review, 25(4), 340-345. Uma revisão sobre o uso de neuromodulação em transtornos neuropsiquiátricos, destacando a estimulação magnética transcraniana (TMS) como uma ferramenta promissora para a melhora cognitiva em crianças com TEA.
• D’Urso, G., et al. (2019). Neuromodulation for autism spectrum disorder: a review of transcranial magnetic stimulation and transcranial direct current stimulation. Journal of Neural Transmission, 126(11), 1493-1510. Revisão detalhada sobre os benefícios da neuromodulação, incluindo TMS e estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS), em crianças com autismo.

Diagnóstico:
• Hyman, S. L., et al. (2020). Identification, evaluation, and management of children with autism spectrum disorder. Pediatrics, 145(1), e20193447.
• Zwaigenbaum, L., et al. (2015). Early identification of autism spectrum disorder: recommendations for practice and research. Pediatrics, 136(Supplement 1), S10-S40.
• Lord, C., et al. (2018). Autism spectrum disorder. The Lancet, 392(10146), 508-520.

Tratamento não medicamentoso:
• Frye, R. E., & Rossignol, D. A. (2014). The role of immune dysfunction in the pathophysiology of autism spectrum disorder. Brain, Behavior, and Immunity, 36, 1-15.
• Rossignol, D. A., & Frye, R. E. (2012). A review of treatments for autism spectrum disorder. Frontiers in Pediatrics, 1, 2. 3.

Alimentação e autismo:
• Adams, J. B., et al. (2011). Nutritional and metabolic status of children with autism vs. neurotypical children, and the association with autism severity. Nutrition & Metabolism, 8(1), 34.
• Nikolov, R. N., et al. (2009). Gastrointestinal symptoms in a sample of children with pervasive developmental disorders. Journal of Autism and Developmental Disorders, 39(3), 405-413.

Diagnósticos diferenciais:
• Johnson, N., et al. (2013). Autism spectrum disorder and autoimmune encephalitis: Differentiating and overlapping features. Journal of Autism and Developmental Disorders, 43, 2487-2493.
• Bransfield, R. C., Wulfman, J. S., Harvey, W. T., & Usman, A. I. (2008). The association between tick-borne infections, Lyme borreliosis and autism spectrum disorders. Medical Hypotheses, 70(5), 967-974.
• Swedo, S. E., et al. (2012). Clinical presentation of pediatric autoimmune neuropsychiatric disorders associated with streptococcal infections (PANDAS). Journal of Child and Adolescent Psychopharmacology, 22(3), 197-205.
• Samsel, A., & Seneff, S. (2013). Glyphosate, pathways to modern diseases II: Celiac sprue and gluten intolerance. Interdisciplinary Toxicology, 6(4), 159-184.
• Tarquinio, D. C., et al. (2015). The changing face of Rett syndrome: Natural history, clinical trials, and future directions. Pediatric Neurology, 53(3), 211-219.

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